O Brasil se consolida como grande produtor de alimentos no mundo, e grande parte desses alimentos são transgênicos. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), o Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Atualmente, 76% da soja, 56% do milho e 27% do algodão produzidos no Brasil são transgênicos. Apesar do grande número, muitos pontos ainda geram dúvidas, tanto para quem consome, quanto para quem produz alimentos que utilizam produtos de origem transgênica em suas formulações.
Por isso, a Kemin elegeu as 5 perguntas mais frequentes que recebemos sobre o tema ao longo dos últimos anos trabalhando com clientes da indústria de alimentos.
O que significa um alimento ser transgênico?
Segundo a EMBRAPA, a palavra “transgênico” é um sinônimo da expressão "Organismo Geneticamente Modificado" (OGM), ou ainda do inglês “Genetically Modified Organism” (GMO). Basicamente, um transgênico é um organismo que recebeu um gene de outro organismo doador, passando por uma alteração em seu DNA e gerando alguma característica que não tinha antes. São muito comuns os cultivos de soja, milho e canola transgênicos, principalmente para que essas culturas sejam mais resistentes contra pragas.
A diferença entre um organismo geneticamente modificado e um organismo original pode ser em apenas uma característica, mas que representa uma mutação. As mutações sempre ocorrem na natureza, porém, nesse caso, são realizadas de forma controlada e proposital em um laboratório de biotecnologia.
Existem diferença entre as siglas GMO Free e Non-GMO?
Agora que já sabemos que transgênicos e GMO são termos equivalentes, avaliamos também os termos GMO Free e Non-GMO, muito utilizados pela indústria de alimentos.
Ambos surgiram inicialmente em inglês. O primeiro a surgir for o GMO-Free, que quer dizer (em tradução livre) livre de organismos geneticamente modificados. Esse termo é uma derivação do movimento “Free from” que surgiu nos Estados Unidos há alguns anos.
Já o termo Non-GMO, surgiu devido ao movimento “Non-GMO Project Verified Logo”, o qual também foi criado nos Estados Unidos e permite o uso de um logo no rótulo, a fim de identificar que esse produto é livre de organismos geneticamente modificados.
Mas então as duas siglas são equivalentes?
De modo geral, sim! Porém, existe uma prática no mercado de alimentos que costuma se referir à essas duas siglas de formas distintas, categorizando GMO-free como produtos que podem conter ingredientes derivados de transgênicos adicionados no processo ou provenientes de contaminação cruzada, mas não são passíveis de detecção, enquanto Non-GMO seriam produtos sem nenhum tipo de engenharia genética. Porém, essa definição é muito controversa e complexa, visto que não há regulamentações oficiais sobre cada um desses termos.
Portanto, pode-se afirmar que os termos GMO-Free e Non-GMO são nomenclaturas para indicar que um produto é livre de transgênicos e na maioria das vezes, são utilizadas assim mesmo, em inglês, no Brasil, México e outros países da América Latina.
Como avaliar se um produto é transgênico?
Em alguns países, como é o caso do Brasil, os consumidores podem avaliar se um produto é transgênico ou possui algum ingrediente GMO na composição através do rótulo! Afinal, existem regulamentações vigentes que indicam que o fabricante de alimentos deve incluir o selo em formato de triângulo amarelo com a letra T em produtos que contenham transgênicos. Para maiores informações sobre essa regulamentação, sugerimos que consulte ao Decreto Nº. 4.680/2003.
Caso você seja um fabricante de alimentos, também será necessário saber se os ingredientes que utiliza na produção de alimentos são de origem transgênica. Para saber, vale a pena consultar as especificações dos fornecedores, bem como solicitar materiais adicionais que comprovem que o ingrediente é Non-GMO, por exemplo.
Hoje, existem alguns tipos de análises laboratoriais que permitem comprovar se um alimento possui ingredientes de origem transgênica ou não.
Quais análises devem ser feitas para verificar se um produto é transgênico?
Atualmente, a maneira mais utilizada para saber se um produto é transgênico ou contém qualquer ingrediente na sua formulação é através da análise de PCR. Essa análise é qualitativa e quantitativa e indica a presença ou não de alterações no DNA, com base na amplificação in-vitro de segmentos de DNA.
A identificação pela análise de PCR, ainda que muito precisa, pode indicar resultados negativos mesmo em casos em que há adição de transgênicos na formulação. Isso ocorre, pois, a análise de PCR exige que a sequência de DNA esteja minimamente preservado, porém, em muitos casos, durante os processamentos que utilizam calor ou outros processos agressivos, o DNA pode ser degradado e, com isso não ser mais detectável.
Os produtos da Kemin são transgênicos?
Na Kemin, temos linhas específicas de tocoferol e antioxidantes que se classificam como GMO-Free ou Non-GMO, justamente para atender a todas as demandas e necessidades de nossos clientes. Nesses casos, a Kemin optou por usar a nomenclatura IP, referindo-se à Identity Preserved (Identidade Preservada), sigla que é comumente utilizada para mercadorias à granel em grandes quantidades que mantém as características originais das sementes desde o plantio inicial, passando por cultivo, colheita, expedição, armazenamento, processamento, embalagem e venda final ao consumidor.
Para saber mais sobre esses e outros assuntos, você pode falar com um dos especialistas técnicos da Kemin! É só clicar aqui.
Siga a Kemin Food Technologies no LinkedIn e fique por dentro de nossas novidades 😊
O processo de oxidação e o desenvolvimento da rancidez
O que Esperar de 2018: Uma Visão do Mercado de Alimentos
Antioxidantes e Extratos Naturais na Indústria de Alimentos
Sustentabilidade em prol da economia e da qualidade de vida