A salmonelose é um tema de grande importância na saúde pública, por ser uma das principais causas de infecção alimentar. Na suinocultura, a Salmonela tem ganhado destaque tanto pelo aumento de incidência das infecções e em animais cada vez mais jovens nas granjas como aumento na busca de controle nos frigoríficos, já que a carne suína é um dos alimentos que pode transmitir a Salmonela para o homem.
Para realizar o controle de Salmonela na produção animal é fundamental o envolvimento da granja e da fábrica de ração já que 80% das carcaças positivas no frigorífico chegam contaminadas da granja e a ração é uma importante fonte de contaminação para os animais na granja.
Controle de Salmonela na granja
Os animais podem apresentar os seguintes sintomas no quadro clínico: , enterite aguda, enterite crônica e/ou septicemia com mortalidade ou serem assintomáticos. A excreção da Salmonela com consequente contaminação do ambiente dependerá da saúde do animal frente às situaçõe de estresse e qualidade do manejo. O agente patogênico pode sobreviver por meses no ambiente. A transmissão ocorre de forma oro-fecal, o agente permanece nos linfonodos do trato gastrointestinal dos animais portadores, e estes quando submetidos a situação de estresse passam a excretar o agente. Um fator que agrava e dificulta o controle é que os animais, ainda que assintomáticos, excretam a bactéria. É impossível controlar 100% das situações de estresse no sistema de produção (a exemplo do alojamento e do transporte). A solução mais fácil no controle, buscando diminuir a incidência de enterites e mortalidade, era o uso de antimicrobianos, que na realidade não controlava, apenas era uma ação curativa para aquele momento.
Com a busca pelo uso mais controlado/racional dos antimicrobianos, o controle vem ganhando sua devida importância e atenção. O controle envolve práticas que se iniciam na fábrica de ração ao controlar o agente nos ingredientes e durante a fabricação. A higiene das instalações e equipamentos devem ser ponto de atenção, já que nem sempre é possível respeitar o vazio sanitário adequado.
Entretanto um ponto de controle essencial e muitas vezes negligenciado é: o suíno e a sua saúde. A atenção deve ser iniciada ainda na fase de maternidade, pois a matriz é fonte de imunidade, e também, fonte de contaminação. Ao cuidar da saúde da matriz, já iniciamos o cuidado com a saúde do leitão da lactação até a fase final.
Uso de aditivos alimentares para controlar Salmonela
O uso dos ácidos orgânicos no controle de Salmonela nas rações já é algo conhecido e consolidado, assim como o uso no controle de patógenos no trato digestório dos suínos. Entretanto, a sua combinação com os óleos essenciais apresentou os melhores resultados no controle de Salmonela em suínos. As tecnologias de encapsulamento se mostraram tecnologias válidas para aumentar a atividade dos princípios ativos e garantir sua liberação no momento adequado ao longo do trato gastrointestinal.
Experiência KEMIN no controle de Salmonela em suínos
O uso e eficácia dos produtos da linha Sal CURB® da KEMIN já está consolidado, com mais de 12 anos de estudos e uso, fazendo parte do programa de gestão da qualidade baseados sobre APPCC (Análise de Perigos e Ponto de Controle Crítico), BPF (Boas Práticas de Fabricação) e Boas Práticas de Higiene na redução de incidência de Salmonela em matérias primas, equipamentos de processamento de ração e rações finais.
Para auxiliar os produtores a cumprir os requerimentos da Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) no programa de monitoramento de prevalência de Salmonela, a KEMIN incorporou o FormaXOL™ ao programa anti Salmonela para suínosFormaXOL™ é um blend de ácidos orgânicos e aditivos conservantes (óleos essenciais) encapsulados, em que a tecnologia de micro-encapsulamente permite a ação combinada desses compostos. A membrana celular comprometida pela ação dos óleos essenciais se tornam mais sensiveis à ação dos ácidos orgânicos, esse sinergismo está comprovado como efetivo no controle de Salmonela.
Resultados com o FormaXOL™
O uso do produto como parte do programa de controle foi a inclusão de 0,4% de FormaXOL™ na ração durante o período crítico para previnir que os animais se tornassem soropositivos. Após esse período inicial a dose do FormaXOL™ foi ajustada para 0,05 a 0,1% de inclusão na ração, para atuação como prevenção contra recontaminação.
Animais com antígenos sanguíneos negativos para Salmonela foram divididos em 2 grupos na fase de engorda: Controle e FormaXOL™. Com 80 kg de peso vivo, os animais foram testados novamente para Salmonela e após o abate, os linfonodos foram avaliados. Aos 80 kg de peso vivo 25% dos animais do grupo controle apresentaram antígenos sanguíneos positivos, enquanto nenhum animal foi positivo no grupo FormaXOL™ (Figura 1). Na avaliação do frigorífico, o grupo controle apresentou positividade em 12% e o grupo FormaXOL em 4% dos linfonodos (Figura 2).